sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Gikovate: uma alma filósofa.

Flávio Gikovate é médico psiquiatra, psicoterapeuta, conferencista e escritor, formado pela Universidade de São Paulo, em 1966, e desde 1967 (segundo Wikipedia) trabalha como médico psicoterapeuta. Autor de quase trinta livros, alguns deles publicados em outras línguas, mantém um programa de rádio semanal, "No divã com Gikovate", na CBN.

Eu o conheci (não pessoalmente) em uma de minhas angustiantes pesquisas sobre "o que é o amor", pelas páginas do Google. Às vezes, surge a curiosidade de ouvir opiniões diversas sobre esse tema tão intrigante. É que tenho uma fome de conceitualismo. Então, encontrei o Gikovate em um vídeo sobre amor e amizade, e o considerei desde então uma alma-irmã, pois temos o mesmo fluxo de pensamento. Além disso, gosto da maneira como ele fala, com serenidade e sem achismos. Deve ter muita história para contar. 

Extraí do site dele, www.flaviogikovate.com.br, alguns trechos que julguei interessantes:

"O amor corresponde a uma busca de completude. Todos nós, desde o início da vida, temos a sensação de sermos incompletos. Parece que só nos sentimos inteiros e em paz quando estamos com o nosso eleito. Assim, é óbvio que nosso primeiro amor é nossa mãe, e todos os outros objetos de amor que venhamos a ter ao longo de nossas vidas serão substitutos dela.

As crianças são extremamente dependentes de suas mães, com as quais têm a sensação de estarem fundidas. Sentem-se inseguras quando estão longe delas e vivem atormentadas pelo pesadelo de que ela poderá abandoná-las ou morrer.

Quando refletimos sobre as relações amorosas entre adultos, percebemos que o modo como se unem é muito semelhante ao sentimento que liga uma criança a sua mãe. 
[...]
O outro tipo de relacionamento íntimo que vivenciamos é o da amizade. Aqui, o prazer da companhia é tão importante quanto o que existe nas relações chamadas amorosas. A confiança recíproca e a cumplicidade costumam ser até maiores do que as alianças encontradas entre o que se amam. Somos mais respeitosos e menos dependentes de nossos amigos.

Qual a conclusão? Para mim, fica claro que o amor é um processo infantil que costuma se perpetuar ao longo da nossa vida adulta. A amizade é um tipo de aliança muito mais sofisticada porque não busca a fusão e sim a aproximação de duas criaturas que tenham importantes afinidades e interesses em comum." 
Confiram o vídeo Gikovate: amor x amizade:


Paz e amizade a todos.

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