domingo, 23 de fevereiro de 2014

Sobre a vontade de escrever

A vontade, às vezes, vem com força, me inquietando, tirando meu sono.
Surgem idéias de vários setores do meu cérebro, como se meus neurônios criativos jogassem aviõezinhos de papéis com idéias avulsas e malucas. Às vezes, interessam-me, outras vezes, nem dou trela.

Creio que para conseguir terminar um livro é preciso que haja organização de pensamento. Ou não?

Eu já comecei tantos livros, mas embaralho as cartas, as cenas, os personagens no meio do caminho e descobri que, por isso, sou boa em pequenos contos ou crônicas, porque assim não me dou tempo de pensar nas mil possibilidades que tenho e fica mais difícil mudar de ideia até o final da última página. Quando se escreve uma história de um ou dois parágrafos, a página que começa é a mesma do final. E eu gosto quando é assim.

Então, se eu escrever um livro será de histórias curtas, bem curtas.

Um exemplo:

Presente para alguém que tem tudo 

Entre as várias peças de roupas, que se amassássemos e empilhássemos, tornariam-se apenas uma montanha tecidos de cores e tamanhos variados com etiquetas de marcas chinfrins e chiquérrimas, procurei com ansiedade um presente para minha irmã, a que sempre gostou de coisas boas e caras, a vitrine da riqueza. Não poderia dar-lhe uma bolsa de um salário mínimo ou mais, pois iria contra minha moral financeira tampouco uma camisa de cem reais, pois a verdade é que ela tem tudo que lhe agrada, e não seria uma camisa de cem reais que abrilhantaria seu dia de aniversário. Recorri a um livro, já que na minha opinião livros têm valor inestimável. Dou o livro pois não há que se preocupar com tamanho ou fazenda, não tem cós nem bainha pra ajustar. Tudo o que precisa fazer é sentar, ler, pensar e aprender. E, entenda - quem começa a aprender, nunca aprende o suficiente. Sempre caberá mais um livro na estante da alma. 

Vanessa L (23.02.2014)




Nenhum comentário:

Postar um comentário