sábado, 27 de setembro de 2014

Onde estão meus amigos?

Sempre me gabei muito por ter bons amigos. Não podia dizer que eram os melhores...Mas eu achava que conseguia selecioná-los bem. Até um tempinho atrás (e não muito tempo), eu estava sempre trocando idéias com alguém, de segunda a domingo. Eu achava que estava em constante processo de fazer novas amizades. E eu considerava também que o critério tempo era importante - quanto mais tempo, mais consolidada aquela amizade. E também me esforcei em cultivar algumas. Não todas, algumas, já que é praticamente impossível dar muita atenção a todos. Mas acho que me enganei um pouquinho. Fui um tanto ingênua. Na vida, fui perdendo amigos, algumas vezes eu compreendia o motivo, outras vezes, não. Engraçado como eu sempre estava com alguém, lanchando em algum lugar e rindo alto, falando besteiras. Mas hoje entendo perfeitamente que rir alto com alguém e doar uma parte do seu tempo não quer dizer que aquela pessoa se tornará sua amiga. Talvez meus pais tenham dito e eu tenha ignorado. Talvez eles tenham dito até um zilhão de vezes que os meus verdadeiros amigos eram eles. Mas até eles se ausentam em algum momento. Quero dizer, num momento em que eu precisasse de um carinho ou alguma atenção especial... Nem eles estariam lá. Seria eu comigo mesma, no mais alto grau de solidão. E é assim que estou há um mês. Um mês que parece uma década. Um mês em que entendi que não bastaram tantos lanches e risadas e tantas horas investidas com algumas pessoas para que elas se tornassem amigas. Sim. Apareceram alguns - a quem saberei sempre retribuir, que ao menos tiveram a decência de parecer importar-se. Mas, há sempre aquelas pessoas de quem esperamos ouvir um 'Oi. Tudo bem?', e essas pessoas simplesmente desaparecem, viram fantasmas. Não sentiram a minha falta. Não sentiram a minha ausência. E eu acho que, no final das contas é isso, somos nós conosco mesmos. Não há mais ninguém. Não há mais nada. Somos um coletivo de solitários. De igual maneira, sei que fui cruel com algumas pessoas durante a vida. E acho que o ser humano é bom nisso. O ser humano domina a arte da crueldade. 

sábado, 13 de setembro de 2014

Odiei Gramado

Sei que todos amariam passar uma semana, no frio, em Gramado, tomando chocolate quente e comendo aquele negocinho com queijo derretido... Fondue. A maioria, pelo menos, se perguntaria "Por que não?". Eu já pressentia que não seria lá uma grande viagem. Pelo amor de Deus. Foi cruel para mim - não suporto o frio, sou intolerante a lactose, minhas companhias não eram espetaculares. Não vou citar pormenores, pois só de lembrar já fico nauseada. Odiei Gramado - Rio Grande do Sul. É uma cidade simplesmente para cartão postal. Sério. Bonita. Sem graça. Sem vida. Como uma top model linda e chata. Pra variar, dormi demais e cheguei apenas 15 minutos antes do embarque do avião, em Porto Alegre. Obviamente, fui barrada pelos funcionários da TAM AIRLINES. Guiada pelo desespero de ir-me embora , comprei uma passagem de volta no valor de R$ 3600,00 (agora sim vocês têm uma ideia do quanto odiei Gramado). Lembro que certa vez, perdi o vôo em São Paulo, por causa do trânsito, e achei ótimo! Fiquei mais uma noite, curti a cidade e voltei pra casa feliz da vida. Gramado não me fez feliz.